O cara da informática

Ele entende de computadores mas não é nenhum robô!

Placa-mãe: o ponto de partida

Artigos anteriores da série:

Uma questão de equilíbrio

Uma questão de memória

Tudo que você precisa saber antes de comprar seu novo computador

Todo mundo já leu, viu ou ouviu falar que o processador é o “cérebro” do computador e seu componente mais importante. Deixando de lado questões técnicas e filosóficas (fico com muita raiva quando vejo um especialista da área fazer essa comparação besta – comparar um processador a um cérebro humano é o mesmo que dizer que peixes sobem nos galhos das árvores pra comer bananas com os macacos), eu discordo diametralmente dessa afirmação. Isso porque existe uma outra peça – a placa-mãe – que vai determinar quais são os componentes, incluindo o próprio processador, que podem ser instalados no computador e como os mesmos vão funcionar. Só esse fator isolado pra mim já a torna muito mais importante.

Visão geral de uma placa-mãe

Visão geral de uma placa-mãe

Claro que o tipo de processador a ser usado vai influenciar na escolha da placa-mãe, mas esta vai influenciar mais na escolha dos outros componentes que o processador e a escolha desses componentes também é importante para evitar os gargalos computacionais. Vejamos por que razões a placa-mãe é mais importante:

1°) O controlador de memória (circuito que controla o funcionamento das memórias) hoje em dia fica no processador, mas é o barramento (circuito ou “ponte” que faz a ligação ou comunicação entre os componentes) da placa-mãe que liga o processador à memória quem vai determinar o tipo de memória que pode ser usado com o mesmo – o controlador de memória do processador pode suportar uma memória de tipo e frequência de operação (velocidade) altos, mas se o barramento da placa-mãe não suportar as memórias mais “rápidas”, o controlador de memória do processador vai operar no limite do barramento e as memórias também. Vitória da placa-mãe;

2°) É o número de slots para placas PCI-E (placas de vídeo dedicadas a jogos e aplicativos de edição de vídeo ou 3D e alguns outros dispositivos) e PCI (placas de modem, rede, som e etc) e o número de canais desse barramento que vão determinar a quantidade, tipo e modo de operação dessas placas (quanto mais slots, melhor). Ponto para a placa-mãe;

3°) Número de portas USB (todo tipo de dispositivo externo que você imaginar), de portas S-ATA e P-ATA (portas para ligação de discos rígidos e leitores/gravadores ópticos – o padrão P-ATA, mais conhecido como IDE ou cabo flat, já saiu de linha e nem é mais usado em algumas das placas-mãe mais recentes, o padrão agora sendo o S-ATA ou o do cabinho fino e colorido, muito mais rápido), chip e codec de áudio, controlador de rede (sistema responsável pelas conexões de rede e, em alguns casos, da internet), sub-sistema de vídeo e outros recursos – e a quantidade e tipo de aparelhos que podem ser conectados a eles – são todos determinados pela placa-mãe e seus chipsets (chips de controle dos vários dispositivos e barramentos que os interconectam);

Conectores da placa-mãe para periféricos externos

Painel traseiro para periféricos - são as placas-mãe que determinam o que você pode ou não ligar ao seu computador!

4°) Quer fazer um upgrade? ok, os componentes que normalmente são trocados em upgrades – aqueles que realmente fazem a diferença – normalmente são os processadores, os módulos de memória e, quando existentes, os sistemas dedicados de vídeo. Sua placa-mãe comporta esse upgrade? Não? Que pena… você terá de trocá-la também!

Acho que deixei meu ponto bem claro aqui. Vai montar um computador? Ótimo, avalie as suas necessidades e então analise quais são os componentes (e as capacidades necessárias para cada um deles) que você precisa para que seu novo computador cumpra a função. Pense na potência do processador, no tamanho e velocidade das memórias, que tipos de periféricos serão ligados a ele e quantos serão. Com esses dados em mente, escolha uma placa-mãe que atenda a essas necessidades, que comporte esses dispositivos e, o mais importante de tudo, que tenha potencial de crescimento, ou seja, que comporte possíveis futuros upgrades! Pensou em um processador? Pense então na família desse processador, nos outros modelos já existentes e nos modelos que ainda vão surgir dentro dessa família, se a placa-mãe que você está comprando oferece suporte para esses futuros processadores. O mesmo para as memórias e demais periféricos.

No próximo artigo, vou falar sobre os diferentes tipos e aplicações de placas-mãe e como evitar os gargalos computacionais que essas podem ocasionar quando mal-escolhidas. Abraço e até lá!

Uma questão de equilíbrio

Oi pessoal. Depois de passar um bom tempo sumido (a vida tava corrida demais), finalmente voltei a escrever para vocês.

Seguindo a linha de raciocínio do Mauro nos posts “Tudo que você precisa saber antes de comprar seu novo computador” e “Uma questão de memória“, vou tratar de uma questão que chega a ser polêmica e controversa no meio da informática: o equilíbrio de um sistema. Afinal, qual componente realmente faz a diferença em um sistema computacional? Há algum componente que realmente faz a diferença?

De fato, há alguns componentes que interferem no desempenho do sistema para melhor, mas também há outros componentes que podem interferir pra pior. Isso mesmo, pra pior! Esse é o grande “X” da questão: o desempenho geral de um sistema, do ponto de vista do hardware, é determinado pelo dispositivo mais lento e não o contrário! O conceito é simples: imaginemos duas caixas d’água, uma com capacidade de 1.000 litros e com um cano de escoamento de 5″ enquanto a outra tem capacidade de 1.500 litros e um cano de escoamento de 1,5″. É óbvio qual das duas tem maior capacidade, mas qual delas consegue ter a água armazenada em seu interior escoada mais rápido? Qual tem maior potencial de vazão? A resposta também é óbvia, não é?

No caso das caixas d’água, a caixa com maior capacidade teve seu potencial de vazão restrito por um cano de pequeno diâmetro. Em um sistema computacional acontece o mesmo, porém são vários os componentes a ser analisados. Essa análise muitas vezes é deixada de lado por quem vai comprar um novo computador, seja por desconhecimento técnico, seja pela propaganda enganosa da mídia e do comércio. Os anúncios de computadores de hoje em dia normalmente dizem assim: “Processador ‘X’ com ‘Y’ GHz de velocidade, memória de ‘Z’ GBs de capacidade, HD de ‘N’ GBs de espaço”. Mas espere aí! Quanta memória cache tem esse processador? Qual o barramento, frequência e latência dessas memórias? Qual a velocidade de rotação e latências desse HD? Em que placa-mãe esse sistema está montado?

São perguntas importantes que são ignoradas, mas não deveriam ser. Na maioria das vezes, nem mesmo é citado o fabricante dos componentes, com exceção dos processadores – vou falar deles em um artigo desta sequência – o que pode induzir o comprador a crer que o “fabricante” do computador, no caso de equipamentos de marca, é quem produz tudo e isso não é verdade. Como meu objetivo é desfazer alguns mitos, começo por esse: não há fabricantes de computadores de fato, salvo pouquíssimas exceções – e essas exceções raramente chegam ao nosso alcance – o que há são montadores de computadores. Essas empresas compram os vários componentes de vários fabricantes diferentes, montam um computador com eles e os lançam no mercado como um computador modelo “X”. Aí está o primeiro perigo: como não sabemos praticamente nada sobre esses componentes, nem mesmo sabemos se são ou não de boa qualidade, muito menos o seu real desempenho.

É nessa hora que podemos estar cometendo um grande erro: comprar algo achando que será excelente e no final ter um elefante branco em casa, pois aquele computador que prometia ser super-rápido não é tão rápido assim ou não dá conta de rodar aquele programa ou jogo. Mas como se o processador dele é excelente e tem muita memória? Isso acontece pois existe algum gargalo computacional no sistema. Como eu disse, o desempenho geral é determinado pelo dispositivo mais lento e não pelo mais rápido. Por isso, quando for comprar um computador, analise antes quais serão as aplicações desse computador e busque informações sobre o desempenho de cada componente, assim será mais fácil identificar os gargalos computacionais e tentar eliminá-los do seu sistema. Nos posts seguintes, vou falar mais sobre os gargalos computacionais e os parâmetros de desempenho que devem ser observados em cada componente para evitá-los.

Até lá!

Retratação

Olá, meus caros amigos.

Estou aqui hoje para me retratar, me desculpar por estar ausente ultimamente. Infelizmente, não foi possível escrever para vocês nestas últimas semanas, as minhas tarefas obrigatórias não têm me permitido isso. Mas essa ausência é somente temporária e, se depender de mim, tão curta quanto possível.

Em breve estaremos de volta com as continuações das séries em andamento e com novidades interessantes. A todos que nos prestigiam, minhas desculpas e agradecimentos pela paciência.

Gabriel Oliveira.

Criando uma imagem de cabeçalho para o blog – Parte 4

Artigos anteriores da série:

Criando uma imagem de cabeçalho para o blog – Parte 1

Criando uma imagem de cabeçalho para o blog – Parte 2

Criando uma imagem de cabeçalho para o blog – Parte 3

Olá, pessoal. Hoje, vamos a quarta e penúltima etapa da confecção do cabeçalho para o nosso blog (vocês já o verão instalado a partir da publicação deste artigo e, quando for lançada a quinta e última etapa dessa série, ele será atualizado para a sua versão final). Vou começar com um processo diferente dos artigos anteriores, pois quero calcular o espaço para as duas imagens que pretendo usar. Sendo assim, vou começar fazendo o corte da quarta divisória.

Para isso, duplico a nossa velha shape branca e dou o nome de Divisória4 à camada duplicada. Em seguida, vou usar as Shapes curvas 1 e 2 para marcar as posições de corte (reparem que, pelas posições ocupadas, podemos ver que essas shapes são de fato esferas e que, dependendo da posição, não conseguem preencher totalmente o espaço da imagem), como na amostra abaixo:

Edição de imagem de cabeçalho parte 4

Todos os procedimentos de corte permanecem os mesmos descritos nos artigos anteriores. Não se esqueçam de selecionar a camada certa (Divisória4) antes de cortar. O resultado abaixo (com o efeito de sombra já aplicado à divisória):

Edição de imagem de cabeçalho parte 4

Agora, logo abaixo da camada Divisória4, vou criar uma nova camada com o nome Imagem5 logo abaixo da Divisória4 e vou inserir esta imagem:

Edição de imagem de cabeçalho parte 4

Precisaremos cortar essa imagem também; começo cortando a forma da Divisória4, com o seguinte resultado (ocultei a camada da Divisória4 para melhor visualização):

Edição de imagem de cabeçalho parte 4

Agora, vou usar uma ferramenta de nome Quick selection tool (Ferramenta seleção rápida) com as configurações indicadas na barra de ferramentas da ferramenta, conforme aparece na imagem abaixo, para selecionar o resto da imagem:

Edição de imagem de cabeçalho parte 4

Com a ferramenta selecionada, basta que eu clique na parte da imagem a ser removida e a mesma é totalmente selecionada. Em seguida, basta apertar delete:

Edição de imagem de cabeçalho parte 4

Agora vou trabalhar na imagem que falta para fechar o espaço da imagem. Como falamos sobre design digital, resolvi usar uma imagem relacionada ao tema (a construção dessa imagem será descrita em um artigo à parte, o qual publicarei em breve). Ativo novamente a camada da Divisória4 e, acima desta, crio uma nova camada com nome Imagem4 e insiro a imagem na mesma:

Edição de imagem de cabeçalho parte 4

Vejam que a imagem cobriu as outras imagens do canto – Divisória4 e Imagem5. Para podermos visualizar melhor, vamos passar a camada Imagem4 para baixo da Divisória4 e da Imagem5, temporariamente. Faço um ajuste no tamanho da imagem, pressionando o comando de teclado ctrl+t e reduzindo as dimensões para 90% de width (largura) e height (altura). Vejam o resultado:

Edição de imagem de cabeçalho parte 4

Agora, vou fazer os cortes. Os procedimentos são os mesmos descritos nos artigos anteriores e na etapa anterior (Imagem5), portanto vou publicar o resultado já com os cortes feitos, camadas reposicionadas para as posições corretas e as sombras aplicadas:

Edição de imagem de cabeçalho parte 4

É isso aí, pessoal, em breve a quinta e última etapa. Grande abraço!

O cara da informática come – Tirinha meme